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APRESENTADO O DIAGNÓSTICO SOCIAL NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA: CAMINHOS PARA A INCLUSÃO
A Câmara Municipal da Trofa apresentou publicamente, esta quarta-feira, 18 de junho, no auditório Fórum Trofa XXI, o DIAGNÓSTICO SOCIAL NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA: CAMINHOS PARA A INCLUSÃO, um estudo inédito que pretende não só caracterizar de forma rigorosa a realidade local, como também identificar desafios e oportunidades que permitam à Trofa evoluir como território verdadeiramente inclusivo.
Fruto de uma iniciativa concertada com entidades locais, profissionais da área social, educativa e da saúde, este trabalho resulta de uma metodologia mista, integrando análises estatísticas, levantamento documental, focus groups com especialistas e recolha de perceções junto da população. A abrangência do estudo permite uma leitura realista, profunda e participada do quotidiano das pessoas com deficiência ou incapacidade no concelho.
O diagnóstico revela que vivem na Trofa cerca de 3.715 pessoas com algum tipo de incapacidade, sendo os idosos e as mulheres os grupos mais afetados. A mobilidade reduzida, dificuldades cognitivas e limitações na autonomia pessoal surgem como as incapacidades mais prevalentes.
Na área do emprego, 305 pessoas com deficiência integram a população ativa, sendo que a maioria são mulheres com dificuldades visuais, motoras e cognitivas. Ainda assim, persistem assimetrias significativas: 35 mulheres estão desempregadas, face a 10 homens na mesma situação.
Na área da Educação, estão identificados 155 alunos com necessidades educativas especiais, sendo os maiores agrupamentos escolares do concelho os que concentram a maioria dos casos. Persistem necessidades urgentes de formação especializada para docentes, adaptação de infraestruturas e acesso a tecnologias assistidas.
No que à Saúde diz respeito, estima-se que sejam necessárias mais de 33 mil consultas médicas anuais e até 267 mil sessões de reabilitação para dar resposta à população com incapacidade. A falta de especialistas, barreiras físicas nos centros de saúde e limitações nos transportes adaptados são alguns dos obstáculos sinalizados.
A proteção social também apresenta fragilidades: apesar do aumento de beneficiários em prestações como a Pensão por Invalidez ou o Subsídio por Assistência à 3.ª Pessoa, existe uma grande dependência de apoios familiares e sociais, agravada por demoras nos processos, estigmas sociais e défices de informação acessível.
Mais do que um retrato, este diagnóstico constitui uma ferramenta estratégica para a tomada de decisão informada e sustentada, entre as principais propostas destacam-se a Educação: mais formação para professores e uso de tecnologias inclusivas nas escolas, Emprego: incentivos à contratação, apoio a microempresas e aposta no teletrabalho, Saúde: reforço dos serviços de reabilitação, mais profissionais e cuidados acessíveis para todos, Acessibilidades: melhor espaço público, transportes adaptados e sinalização inclusiva e Serviços Locais: valorização das instituições de apoio, reforço do Cartão Diamante e melhoria no atendimento.
O documento agora apresentado irá orientar políticas municipais e planos de investimento futuros, através da operação “Trofa + Inclusiva”, a Autarquia Trofense reforça o seu compromisso com uma cidadania plena, ativa e participativa para todos os seus munícipes.
